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Responsabilidade Social

Portugal solidário


Mesmo em dificuldades financeiras, Portugal nunca esqueceu a responsabilidade social, a solidariedade, a aposta voluntária em áreas como a cultura, o ambiente, a investigação.


Exemplo da excelência na área da investigação científica é a Fundação Champalimaud, que apostou particularmente no domínio da oncologia, onde se procura alcançar descobertas que possam passar a ser prática clínica e, dessa forma, melhorar o tratamento e diagnóstico do cancro. A atividade da Fundação Champalimaud na área da investigação oncológica está em fase de crescimento, onde as linhas de investigação estão em constante avaliação e discussão. A ideia surgiu de um industrial e financeiro de sucesso em Portugal, António de Sommer Champalimaud, que dedicou grande parte da sua herança à construção deste projeto de âmbito mundial na área da biomedicina. A fundação, que pretende ser líder na inovação científica e tecnológica, criou ainda o Centro Champalimaud, onde a investigação multidisciplinar e translacional no campo da biomedicina colocou Portugal na vanguarda da ciência mundial.

Centro Champalimaud

Fundação Calouste Gulbenkian

As referências à aposta cultural são indissociáveis do nome Calouste Gulbenkian, nascido na Turquia, descendente de arménios, português de coração. A família Gulbenkian sempre se dedicou ao mecenato das artes e a obras de beneficência e Portugal não foi exceção. Com os estatutos aprovados desde 1956, a fundação orgulha-se de desenvolver projetos próprios, ou em parceria com outras entidades, e da atribuição de subsídios e bolsas. O museu, o Centro de Arte Moderna e a biblioteca de Arte são algumas das iniciativas que acolhem exposições, conferências, colóquios e cursos para todas as idades.

Se numa primeira fase a Fundação Calouste Gulbenkian teve, em Portugal, intervenções em matérias de educação, de investigação científica, de formação artística, de expressão cultural, de saúde pública e de assistência aos mais carenciados, hoje as novas prioridades ultrapassam o nosso país e referem-se a questões globais, como o diálogo intercultural, as migrações e a mobilidade e o ambiente.

O número de empresas solidárias e responsáveis cresce de ano para ano, com projetos em diversas áreas, como é o caso da EDP, que, juntamente com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, desenvolveu um projeto que tem como finalidade levar energias renováveis e soluções ambientalmente sustentáveis ao campo de refugiados de Kakuma, no Quénia. O projeto, definido pela empresa como “uma ideia simples”, numa fase inicial, revolucionou a vida de mais de 70.000 pessoas.

Além das fundações e empresas, organizações como a Cais ou o Banco Alimentar têm contribuído para tornar o país mais solidário. A Cais atribuiu a si própria a missão de contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem lar, social e economicamente vulneráveis. A venda da revista com o mesmo nome é a face visível e que pretende colocar em cima da mesa temas como a pobreza e a exclusão social. Precisamente a área onde o Banco Alimentar atua, como o lema “aproveita onde sobra, para distribuir onde falta”. Apesar da crise, as campanhas desta organização têm sido, nos últimos anos, cada vez mais participadas pelos portugueses. As ofertas de empresas e particulares tornaram a instituição uma referência social e solidária no nosso país.


Entrevista

Bibá Pitta

«Um dia a diferença não fará diferença nenhuma»


Não faz diferença nenhuma!

Bibá Pitta

Bibá Pitta

O seu livro conta alguns casos. O que a levou a optar por aqueles especificamente?
Foram pessoas que se cruzaram comigo em alguns momentos da minha vida e que, pela sua história de coragem, força, esperança, determinação e vontade de viver marcaram-me profundamente. Acredito também que é mesmo importante partilhar estas histórias de vida, sobretudo quando a diferença veio enriquecer estas vidas e mostrar um outro lado, que não é seguramente o da autocomiseração nem da discriminação, que não é o lado de quem se resigna ou se considera vítima do destino. Acredito que podemos aproveitar as dificuldades para podermos crescer. Todas estas pessoas a quem perguntei se queriam dar o seu testemunho aceitaram sem reservas. Todas gostaram de partilhar as suas histórias, não por uma questão de protagonismo, mas muito mais pela vontade sincera de partilhar o que lhes vai na alma. Não para serem dignas de pena, mas para que os outros as deixem de ver como coitadinhas e possam aprender ou retirar algo de positivo dos seus exemplos.

Considera que o conceito de Mecenato e Responsabilidade Social está interiorizado em Portugal? O que faria para aumentar o seu incremento?
Acredito que a ideia do mecenato está bem interiorizada em Portugal, tendo em conta que a maioria das empresas fomenta estas atividades. Para além da contribuição financeira que o mecenato implementa, outras atividades como o “team building” têm sido desenvolvidas com um maior comprometimento a nível da responsabilidade social.
Iniciativas como o “arredondar”, a Leopoldina, descontar um euro no ordenado mensal dos funcionários, são bons exemplos de contribuições que, individualmente, podem não representar um grande esforço financeiro mas que no coletivo da empresa são sem dúvida contribuições bastante representativas. Fomentar e diversificar este tipo de atividades seria uma boa maneira para incrementar a responsabilidade social.

Como vê o trabalho das grandes fundações (Gulbenkian, Espírito Santo, Champalimaud, etc.)?
Tem sido um trabalho muito meritório fomentando a investigação nas áreas da saúde e ciências, entre outras, patrocinando a divulgação e o acesso à cultura. Mais uma vez contribuindo para o apoio solidário da população em geral, complementando o papel do Estado.

Os projetos mais pequenos como a Cais, Casa do Gil e outros, fazem sentido? Que iniciativa gostaria de patrocinar?
Todos os projetos, por mais pequenos que sejam, fazem sentido, pois incutem nas pessoas o “dever” de ajudar e de ser solidário. Tenho-me empenhado, tanto quanto posso, na inclusão social. Acredito que chegará um dia em que a diferença não fará diferença nenhuma.

Portugal é um país de gente solidária?
Acho que sim. É fácil apercebermo-nos hoje em dia, principalmente pela existência das redes sociais, que sempre que há um apelo, os portugueses respondem massivamente prontos a ajudar conforme as suas possibilidades.


Uma relação para a vida

SEAT Alhambra

Há cerca de 6 anos fui convidada para ser embaixadora da marca SEAT. O carro que escolhi, por ter uma família numerosa (5 filhos), foi o SEAT Alhambra, pelo qual me apaixonei e tornei fã de imediato. É um carro confortável, com bons acabamentos, dinâmico, espaçoso e seguro, aliado a uma condução fácil atendendo às dimensões do carro! Tem ainda duas cadeirinhas incorporadas para os mais pequeninos e bancos traseiros facilmente rebatíveis (apenas com uma mão!). Todas essas características fizeram com que eu optasse por comprar um carro igual quando terminou a minha parceria com a SEAT, mesmo porque fui sempre testemunha de um atendimento e acompanhamento irrepreensível, que se mantém.

SEAT Alhambra